Existe sentimento mais penoso que a ansiedade? E os seus sintomas? E a sensação de que algo horrível pode acontecer?…
A preocupação é uma antecipação de um fato desagradável e o que ocorre no organismo é uma constante vigilância, um estado de alerta que acarreta em forte desgaste emocional. Estudos revelam que são os pensamentos catastróficos que levam à ansiedade e não a situação por si só. Os pensamentos de perigo nem sempre acontecem, e o ansioso subestima sua capacidade de enfrentar a situação ameaçadora, dificultando uma avaliação racional da situação.
A ansiedade se manifesta através de alguns sintomas como: taquicardia, sudorese, tontura, tensão muscular, sensação de desmaio, tremor nas mãos e no corpo, medo de que o pior aconteça e outros.
Essas pessoas vagam pelos consultórios e clínicas médicas sem que ninguém seja capaz de lhes dizer qual a verdadeira origem de seus males. A pessoa passa por uma série interminável de consultas e exames, mas não tem seu problema resolvido.
Três quartos dos indivíduos com transtornos mentais não estão onde deveriam estar: no psiquiatra ou no psicólogo. Estão nas mãos do cardiologista, do neurologista ou de outro especialista qualquer. É uma multidão que não trata a sua doença de forma adequada, e um diagnóstico impreciso pode levar essas pessoas a conviver com enormes desconfortos.
Precisamos enxergar a ansiedade como uma mensagem que nos alerta para mudar alguns hábitos de nosso cotidiano e algumas crenças disfuncionais.
A psicoterapia de abordagem cognitivo-comportamental é indicada. É na terapia que estratégias de respiração, relaxamento e a confrontação desses pensamentos catastróficos são aprendidos. O tratamento visa à restauração da autoconfiança e maior qualidade de vida, permitindo que a pessoa prossiga de maneira tranqüila e produtiva. Mesmo pessoa com ansiedade crônica tem obtido grande alívio de seus sintomas na realização de um tratamento psicológico.
Lygia Aguiar