Em se tratando de amor, não é suficiente somente a intenção do
ato. É importante mostrá-lo.
A intenção fortalece o ato, mas não tem o poder de se fazer
compreensível.
Não há hora certa para a manifestação do amor. Qualquer
momento é próprio desde que você deseje que o sentimento seja
emerso intensamente do coração.
Datas, momentos especiais? Será que é preciso aguardar isso para
que você se declare? A festa é feita pelo coração e ele não segue o
tempo. Ele pode se manifestar como, por exemplo, um telefonema na
madrugada, uma mensagem no computador, um sussurro ao pé do
ouvido, um bilhetinho ou correndo, os dois, pela chuva como duas
crianças inocentes.
A linguagem corporal, às vezes, diz mais do que qualquer palavra.
No entanto, há parceiros (as) que, embora tenham um grande amor
dentro de si, não são capazes de exteriorizá-lo.
Não esqueça, os gestos e os toques são para expressar
sentimentos.
Em uma relação a dois não há pedestal para ninguém, não há
vencedores e nem perdedores. Simplesmente porque não há seres
perfeitos. Portanto, a menos que você exteriorize o que pensa e sente,
seu parceiro (a) não tem a menor condição – muito menos obrigação –
de saber suas intenções.
Amar calado pode ser entendido como uma forma de isolamento,
de criar um mundo particular, onde as coisas acontecem conforme os
desejos, as fantasias e os padrões do indivíduo, desprezando o parceiro
(a) que pertence ao mundo externo, real. E pensar que essa situação
pode ocorrer entre parceiros que se amam.
O ser humano é dinâmico, mutável e, capaz de absorver novos
dados e promover mudanças comportamentais. Se você acreditar, claro,
que o homem tem livre arbítrio sobre sua vida e é senhor do seu
destino.
Vamos acreditar que não basta amar bastante se o seu amor
estiver oculto no silêncio. Talvez, seu parceiro (a) nunca conheça a
verdadeira extensão do seu amor. Verá apenas a ponta do “Iceberg”,
que, como sabido, é uma pequeníssima amostra da imensidão que está
submersa.
Laís Novaes
Crp 6/48588
Psicóloga / Sexóloga
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